Estamos chegando ao final de 2018. Um ano marcado pela mínima invasividade guiada pelas mais diversas tecnologias, técnicas e filosofias.
Mas o que é ser minimamente invasivo?
Talvez por um ponto de vista mais simplista e imediatista seja fazer poucos desgastes de estrutura dentinária. E para isso, muitas vezes ignorando a necessidade de remoção de teto da câmera pulpar. Em outras ainda afirmando que tal manobra é ultrapassada e desnecessária.
Todavia, pensando a longo prazo, será que a pouca remoção de estrutura irá permitir a correta limpeza e desinfecção da cavidade endodôntica fazendo com que o dente permaneça na boca sem patologias?
Tratamentos endodônticos minimamente invasivos ou não, possuem o mesmo objetivo: limpar e desinfetar para devolver a saúde ao paciente e permitir que o dente afetado volte à suas funções mastigatórias e estéticas.
A maior causa de insucesso endodôntico é sem dúvida a falta de controle da infecção intracanal.
O insucesso endodôntico por sua vez, geralmente leva à exodontia do dente. Procedimento este que não é nem um pouco minimamente invasivo. Ou não seria a exodontia o procedimento de maior invasividade dentro dos conceitos de preservação de estrutura dentais?
Veja esse caso de um molar inferior que mesmo após o acesso conservador, preparo dos canais e ativação ultrassônica de Hipoclorito de Sódio a 2,5% , apresentava grande quantidade de tecido pulpar preso abaixo do teto da câmera pulpar em um acesso conservador.
Para removê-lo de forma efetiva o que foi necessário fazer? Remover o teto da câmera pulpar! Olhe na radiografia final e reflita: será que se o teto não fosse removido, a quantidade de dentina preservada representaria um ganho na resistência biomecânica do dente?
Qual é a sua opinião?